terça-feira, 8 de novembro de 2016

PREFIRO CONSTRUIR PONTES DO QUE ERGUER MUROS

O mundo, e em particular os Estados Unidos da América, precisam mais, do que nunca, de lideranças fortes, credíveis e sensatas. Hoje precisávamos de ter tudo isso, nas eleições para o futuro Presidente da, ainda, nação mais poderosa do planeta. Infelizmente tal não acontece. Apesar de tudo, espero que a maioria do povo norte-americano encontre o seu momento de inspiração e tenha lucidez, para eleger o menor dos males, votando Hillary Clinton.
Na próxima semana irei aos Estados Unidos, a Newark, a convite da comunidade Portuguesa e em particular dos Amigos do nosso concelho Penacova, desejo muito encontrar uma América de paz e não de conflitos, de união e não de discórdia uma América onde se construam pontes e não se ergam muros.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

SECRETÁRIO-GERAL DA ONU



Quando se esperava que o mundo moderno, mais inteligente e sensível evoluísse para tempos de paz, de maior esperança e prosperidade para os mais desfavorecidos, surgem, em diversas regiões, graves conflitos a uma escala cada vez maior e mais assustadora.
O Universo parece desabar em cima de milhões de habitantes da terra, que sofrem as agruras das catástrofes naturais provocadas pelas alterações climáticas, pelos sismos ou pelos incêndios sem controlo, mas desaba também por cima de outros tantos, perfeitamente inocentes, que são obrigados a sobreviver bem no epicentro das zonas devastadas pela guerra.
É no contexto de uma geopolítica muito complexa, que surge a confirmação que António Guterres, cidadão do meu País, foi indicado, esta quarta-feira, como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Conselho de Segurança à Assembleia-geral, que deverá aprovar o seu nome dentro de alguns dias.
Claro que fiquei muito satisfeito, pelo Eng. António Guterres, por Portugal, mas sobretudo pelas Nações Unidas, que precisam, agora talvez mais do que nunca, de uma liderança forte, consensual e sobretudo de causas.
António Guterres não foi propriamente feliz como Primeiro-ministro de Portugal, mas deixou uma marca humanista e solidária, marca que transportou para o ACNUR e que esperamos transporte agora para um dos mais altos, senão o mais alto, cargo mundial.
Fiquei feliz, como fiquei quando foi nomeado Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), quando Durão Barroso foi nomeado Presidente da Comissão Europeia, ou Freitas do Amaral Presidente da Assembleia Geral da ONU, ou mesmo quando Jorge Sampaio foi nomeado Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
São Portugueses ilustres, que elevam ao mais alto nível o nome de um pequeno País, do meu País, e não posso ter dúvidas que todos são eleitos pelos seus méritos e pelas suas capacidades.
No caso presente, acredito sinceramente na valia de António Guterres e desejo-lhe os maiores êxitos na certeza de que serão também um sucesso coletivo e uma esperança renovada para o mundo. 

terça-feira, 19 de julho de 2016

FESTAS DO MUNICÍPIO - DO ASSOCIATIVISMO AO EMPREENDEDORISMO




Penacova viveu ontem mais um dia de festa. As comemorações dos 150 anos do nascimento de António José de Almeida, essa figura ímpar do nosso concelho, talvez o político mais importante da história da República, como referiu Reis Torgal na sessão solene evocativa do feriado municipal, mas também as cerimónias do encerramento dos 86 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova, a associação das associações, como lhe chamou Humberto Oliveira, deram de facto um cunho cultural, social e evocativo ao dia da identidade do nosso município.
Também no Sábado o Rancho Folclórico e Etnográfico de Zagalho e Vale de Conde, ou também, ontem mesmo, o Grupo Etnográfico de Lorvão comemoraram, um e outro, os seus aniversários com os habituais encontros de folclore, dando provas de que o concelho não é apenas a sua sede e que as suas Associações e as suas gentes também brilham, muito para além dos grandes artistas pagos a peso de ouro.
A semana que terminou foi, aliás, preenchida com as denominadas “festas do município”. Criticadas por uns, apenas aceites por outros, elogiadas por muitos, as festas vieram para ficar e ultrapassaram, há muito, as pequenas mostras de artesanato que ainda assim animavam o “terreiro”.
Não, claro que não questiono a importância das festas, e não é apenas porque uma parte da receita da bilheteira, reverte a favor da AHBV de Penacova, facto que por si só já tem um significado muito relevante. Considero, sem reservas, que um Município como Penacova, precisa muito de mostrar o que tem de melhor, de passar para o exterior, de dar a conhecer ao mundo as suas potencialidades, culturais, turísticas, gastronómicas, mas também comerciais, sociais e industriais. As Festas são sempre um bom palco para alcançar este desiderato.
E é exatamente neste aspeto, que, na minha opinião, as “festas do município” precisam de melhorar. Bem sei que o espaço atual é exíguo e, que por isso, já é muito bom ter algumas Associações, algum artesanato, a representação dos restaurantes e até algum pequeno comércio sobretudo ligado à gastronomia. Mas falta puxar pela dinâmica empresarial, dar voz, dar espaço, dar visibilidade, falta apelar à participação, ao empreendedorismo e à criatividade dos nossos empresários e comerciantes, falta convidá-los, envolvê-los, apoiá-los, abraçá-los, fazê-los sentir que estamos com Eles com o coração, a alma e o Ser Penacovense.
Não somos, de facto, um concelho industrial, mas, ainda assim, temos boas empresas e um conjunto de pequenos e médios empresários, dos melhores entre os melhores, que acarinhados e estimulados gostariam, estou certo, de emprestar um outro valor às “Festas do Município”.