sábado, 31 de julho de 2010

INCÊNDIO COMO HÁ MUITO NÃO SE VIA

Pouco faltava para as 16h.00 do dia 28, quando foi dado o alarme para um incêndio na Serra de Atalhada. Imediatamente foram mobilizados 2 veículos e 10 Bombeiros. No entanto, o incêndio rapidamente progrediu encosta acima tornando-se necessário accionar a sirene e os sms, para a mobilização de mais meios.
Em pouco mais de 15 minutos, todos os 11 veículos do Corpo de Bombeiros, com 50 operacionais estavam no terreno, ao mesmo tempo que eram solicitados reforços aos concelhos vizinhos, dado que a topografia do terreno deixava já antever as dificuldades que poeteriormente se vieram a confirmar.
O incêndio progrediu a uma velocidade estonteante impulsionado pelo vento, salpicando a serra de novos focos, ora por efeito do vento, ora através dos coelhos bravos que, a arder, faziam linhas de fogo impressionantes.
As aldeias de Miro, Vale de Maior, Outeiro Longo, mais tarde Friúmes e Beco, sofreram com o aproximar das chamas que, vertiginosamente, percorriam montes e vales e deixavam um rasto de destruição.
Bombeiros e populares travavam uma luta desigual, na tentativa de proteger pelo menos as habitações.
Entretanto iam chegando reforços, vindos um pouco de todo distrito, naturalmente dos concelhos que não estavam também a ser afectados por outros incêndios.
O fogo foi considerado dominado ao outro dia demanhã, com mais de 300 Bombeiros no Teatro de Operações.
Arderam 875 ha de floresta, a mesma que ardeu no final da década de 80, e que ardeu em 2003, há exactamente 7 anos.
Ao longo deste tempo nada aprendemos com a desgraça. As habitações com o mato e os eucaliptos junto às portas são uma constante. Nestas aldeias há casas que nos últimos 20 anos já sofreram estes mesmos efeitos pela terceira vez, e, a vez seguinte, tem sido sempre pior que a anterior. O combustível nas florestas, nas valetas, nos quintais das habitações é cada vez maior. As silvas e o mato mais se parecem com trepadeiras, os jardins e os pequenos terrenos antes amanhados, são agora pastos fáceis das chamas. O que há 10 anos demorava quatro ou cinco dias a arder, agora arde em apenas 4 horas, tal é a carga de combustível acumulado.
Nestas condições, aqui ou em qualquer outra parte do mundo, é e será sempre uma tarefa muito difícil. Todos nós, Bombeiros, População e outras Entidades envolvidas, damos naturalmente o nosso melhor. Damos o que podemos e o que não podemos. Fazemos como se diz por cá, «das tripas coração», mas não conseguimos operar milagres. Todos os dias temos tido diversas ocorrências de incêndios florestais e nos últimos 15 anos, a média anual tem andado acima dos 80 fogos por ano. A todos eles temos sabido chegar primeiro do que a tragédia. Desta vez foi mais difícil.
Muita gente destas nossas aldeias, habituada a ver nos seus Bombeiros uma tábua de salvação, questiona-se agora como foi possível? Mas não nos admiremos, basta olharmos à nossa volta e verificar o estado da floresta.
Por outro lado, muitas pessoas habituadas a ver o Comandante dos seus Bombeiros, à frente das operações, vêm agora perguntar porque não o fez? A todos, temos que dizer que o Estado através estrutura distrital da Protecção Civil, assume o Comando do incêndio. A tomada de decisão e a responsabilidade do comandamento, para o bem e para o mal, não é dos Bombeiros nem da Protecção Civil ao nível Municipal, mas sim do Comandante Distrital.
No momento em que tudo parece mais calmo, apesar dos muitos reacendimentos, não podemos deixar de agradecer a todas as Entidades envolvidas. Naturalmente à população destas aldeias, aos Bombeiros de muitos CBs: Miranda do Corvo, VN de Poiares, Mira, Soure, Serpins, Lousã, Pamplilhosa da Serra, Mortágua, Momtemor-o-Velho, Penela, Figueira da Foz, CBS Coimbra, voluntários de Coimbra, Brasfemes, Coja, Góis e Condeixa.
À CM, à GNR, à CAULE, à AFOCELCA, ao Sr. Padre Rodolfo, aos incansáveis Escuteiros e à Cruz Vermelha, às Juntas de Freguesia, e a todos que, duma forma ou de outra, nos manifestaram a sua solidariedade.

terça-feira, 27 de julho de 2010

DIA DIFICIL

Esta Terça-Feira, foi particularmente difícil para os Bombeiros do distrito de Coimbra, com vários incêndios um pouco por toda a região.
Os Bombeiros de Penacova, chegaram a trazer 5 veículos e 25 Bombeiros em apoio aos concelhos vizinhos, como Coimbra, Lousã e VN de Poiares.
Apesar desta mobilização para fora do Nosso Concelho, conseguimos ter no Quartel sempre pessoal disponível para uma primeira intervenção.
São Mulheres e Homens, que terminam o seu trabalho e que em vez de irem para suas casas tratar da sua própria vida, vão para o quartel para ajudar os outros. Andam toda a noite, se for preciso, e no dia seguinte lá estão outra vez, cada um na sua própria profissão.
É certo que há muitos incêndios, mas o País tem muito a agradecer aos seus Bombeiros, a grande maioria voluntários. 
E, note-se, que não são apenas os incêndios florestais que, nesta altura, preocupam os Bombeiros. para além do transporte de doentes para as diversas consultas de fisioterapia e hemodiálises, há a registar um aumento das situações de emergência, sobretudo doenças súbitas, decorrentes das elevadas temperaturas que se fazem sentir.
Temos alertado para os cuidados a ter, principalmente com os mais idosos e com as crianças, para os quais o risco de desidratação e de agravamento das doenças cardíacas é mais frequente.

BOMBEIROS SEM DESCANSO

Esta Segunda-Feira, começou bem cedo para os Bombeiros de Penacova. Pouco passava das 5h.00 da manhã quando o alarme soou, para um incêndio florestal nos limites da Vila de S. Pedro de Alva, na estrada municipal que dá acesso ao Cavaleiro.
De imediato 4 veículos e 17 Bombeiros deslocaram-se para o local e evitaram que as chamas tomassem maiores proporções.
À tarde os Bombeiros de Penacova, participaram, com 2 veículos e 10 Operacionais, no combate ao incêndio florestal de grandes dimensões que deflagrou no concelho da Lousã, de onde regressaram próximo da meia-noite.
Perto das 2h.00, desta madrugada, os Bombeiros foram ainda chamados para um incêndio no vizinho concelho de V.N. de Poiares.
Durante o dia, devido ao fumo proveniente de diversos incêndios que assolavam a região, os Bombeiros de Penacova receberam várias chamadas que entretanto não passaram de falsos alertas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

INCÊNDIO FLORESTAL

Ao fim da tarde deste Domingo, os Bombeiros de Penacova foram chamados a combater um pequeno incêndio florestal, que teve inicio perto da barragem de Aguieira.
O pequeno foco de incêndio, de origens desconhecidas, não provocou danos e a àrea ardida foi reduzida.

domingo, 25 de julho de 2010

DESVIO DE TRÂNSITO ATRAVÉS DO IC 6

As obras de reabilitação da ponte sobre o Mondego, na zona do restaurante "Lagoa Azul", vão impor limitações à circulação de veículos no IP3, a partir da próxima Terça-Feira, dia 27.
As obras deverão decorrer até ao final do ano e, durante este período, o tráfego rodoviário "estará limitado à velocidade máxima de 50 km/hora e proibido a veículos pesados com peso bruto superior a 3,5 toneladas", de acordo com informação das Estradas de Portugal.
A circulação dos veículos pesados, será desviada, no sentido Coimbra-Viseu, no nó da Raiva (IP3), para o IC6, até à rotunda da variante de Tábua , junto à antiga Estrada Nacional 17, seguindo depois pela variante até ao nó do Rojão Grande, retomando a circulação do IP3.
Relativamente aos veículos pesados, que se deslocam no sentido Viseu-Coimbra, devem sair no nó do Rojão, seguindo ao longo da variante de Tábua até à mesma Rotunda junto à antiga EN 17 e depois seguir pelo IC6, até ao nó da Raiva, onde retomam novamente o IP3.
Esta alteração da circulação de veículos pesados vai aumentar o fluxo de trânsito no IC6, obrigando a uma maior atenção por parte dos condutores, que habitualmente por lá circulam, e que se vão ver agora confrontados com os muitos camiões que diariamente cruzam o nosso concelho.
Os Bombeiros estarão particularmente atentos, face à probabilidade do aumento do número de acidentes.

INCÊNDIOS FLORESTAIS

Os Bombeiros de Penacova foram chamados, ontem, durante a tarde, para ajudar no combate a dois incêndios florestais que deflagraram nos concelhos de VN de Poiares e de Miranda do Corvo.
Já esta madrugada, cerca das 3h.00,  um pequeno incêndio próximo da localidade de Vale da Serra mobilizou os Bombeiros que rápidamente procederam à sua extinção.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

80.º ANIVERSÁRIO

Foi uma cerimónia simples, carregada de emoção e sentimento, aquela que se viveu hoje nos Bombeiros de Penacova.
O ingresso no Quadro Activo de 8 novos elementos, diversas condecorações, das quais destacamos três Medlhas de Dedicação por 25 anos de Serviços prestados e um Crachá de Ouro ao Subchefe Armando Ferreira Simões, pelos seus 35 de anos, foram os momentos mais altos desta sessão de encerramento das comemorações dos 80 anos da Associação.
A homenagem aos Fundadores e a todos os Bombeiros já falecidos em particular ao Adjunto de Comando Artur Dias, cuja memória esteve sempre presente, foi um dos momentos mais emotivos, em especial quando foi chamado o seu nome e todos responderam com o "Pronto" mais sentido a que já assistimos.
Na sessão solene, que se seguiuu ao desfile do Corpo de Bombeiros e da sua Fanfarra,e onde marcaram presença o Presidente da Câmara Municipal, o Presidente da Mesa dos Congressos da LBP, Vereadores, Presidentes de Junta de Freguesia, Comandantes de CBs vizinhos e diversos Dirigentes Associativos do concelho, foi elogiado o papel dos Bombeiros na sociedade, a forma como se organizam e como respondem cabalmente aos múltiplos problemas que afectam o dia a dia dos cidadãos, no que diz respeito ao socorro e à protecção civil.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ENCERRAMENTO DO 80.º ANIVERSÁRIO

As cerimónias de encerramento das comemorações do 80.º Aniversário da AHBV de Penacova têm lugar no próximo dia 18, com Formatura geral do Corpo de Bombeiros e Fanfarra e hastear da Bandeira Nacional, pelas 10h.00, a que seguirá, uma Romagem aos cemitérios, Juramento de novos Bombeiros e Condecorações.
Trata-se de um programa muito simples, mas nem por isso deixa de ter um enorme significado, num momento particularmente difícil para todos nós.
A cerimónia de ingresso no Quadro Activo de novos Bombeiros, é um acto tão nobre e de uma grandeza tão especial, pelo qual todos os outros já passaram, que todos temos a obrigação de testemunhar.
Também as condecorações, e, em particular a entrega de uma Crachá de Ouro, constitui um marco muito importante na vida de uma Associação e dos seus Bombeiros e, em especial, para quem dedicou 35 anos da sua existência a esta Causa e ao seu concelho. As Instituições e a sociedade não param e, para o ano, outros certamente se seguirão nesta caminhada inexorável da vida.
Tenho a certeza, que, no actual contexto, saberemos encontrar um momento, e haveremos de ter força, formas e palavras, para homenagear todos os Nossos Companheiros, que muito deram e que infelizmente já não estão entre nós.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

FICÁMOS MAIS POBRES

Sim, é verdade que ficámos mais pobres, mas o exemplo de trabalho, de dedicação, de esforço, de empenhamento, mas sobretudo de amor à causa dos Bombeiros, sim este exemplo que não me cansarei de repetir, há-de perdurar para sempre nos corações de todos nós que tivemos a oportunidade de conviver com o Nosso Adjunto Artur Dias.
Boa parte dos seus 55 anos de vida foram passados no Seu Quartel, no Nosso Quartel. A imagem que nos fica, a recordação que permanecerá, é de um Homem que vivia os problemas da Sua Associação de uma forma tão intensa que às vezes até ultrapassava aquilo que, em certos momentos, nos parecia razoável, tal era o nível de dedicação.
O Artur não tinha tempos livres, o seu trabalho  confundia-se com os momentos de lazer. Trabalho e descanso queriam dizer exactamente a mesma coisa, se a trabalhar era para os Bombeiros, descansar era trabalhar nos Bombeiros.Era assim a sua vida, era assim que se sentia feliz.
Como é então possível ver partir um HOMEM assim.? Amigo, leal, quantas e quantas vezes confidente. Que injustiças a vida nos reserva.
As suas qualidades humanas e de Bombeiro de Penacova, de Portugal e do Mundo, foram hoje exaltadas, numa das maiores manisfestações de solidariedade a que assistimos, com muitas dezenas e dezenas de Bombeiros, Entidades Oficias e gente anónima, a participar num acto carregado de emoção e sentimento, mas também com uma dignidade impressionante, a testemunhar o reconhecimento dos Bombeiros e das gentes deste concelho.
São estas manifestações de carinho e de solidariedade, que ainda nos levam a acreditar que, apesar de todas as injustiças da vida, ainda valem a pena a dedicação, o esforço e o empenhamento de todos nós.
No momento em que ainda estamos a despertar para uma nova etapa, sem a presença fisica do Sr. Adjunto Artur Dias, resta-nos honrar a sua memória, seguir o seu exemplo de entrega e dedicação e agradecer em nome da sua familia e de todos os Bombeiros de Penacova, a participação de tantos e tantos Colegas.