Foi a
vigésima vez que o Grupo dos Amigos de Penacova em Neawark organizou uma festa
convivio de angariação de fundos para ajudar Instituições ou pessoas carenciadas do Nosso Concelho. O ponto alto desta iniciativa decorreu no
passado Sábado, no Clube dos Açores em Newark e, como foi noticiado, contou com
a presença do Presidente da Câmara, do Presidente da Direção Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Penacova e do Comandante do Corpo de Bombeiros, que
foram recebidos pelas mais de 200 pessoas que encheram o salão de alegria, de
convívio mas também de solidariedade, de altruísmo e de exemplo de amor e
carinho pela sua terra de origem.
Mesmo
longe, e com uma vida de trabalho muito intensa, estas pessoas não esquecem as
suas aldeias, e as suas gentes e lembram os bombeiros da sua terra também como
uma garantia de ajuda aos seus familiares, como muito bem referiu no seu
discurso Paula Baptista em representação da organização e de todos os
participantes no evento.
Depois
de ouvidos os Hinos Nacionais dos Estados Unidos da América e de Portugal, esta
responsável não deixou também de recordar alguns dos Companheiros desta luta de
20 anos que já faleceram, e deu os exemplos do Joaquim Branco, do Júlio Costa e
do Sr. Ribeiro, pelos quais se guardou, em silêncio, um minuto de saudade e de
reflexão.
Numa
noite muito fria, mas cheia de calor humano, o Comandante António Simões,
agradeceu, em nome de todos os Bombeiros, a manifestação de solidariedade e num
discurso emocionado explicou a forma de atuação, o modo como se organizam e o
elevado número de serviços que prestam à sociedade Penacovense. Depois de referir que os Soldados da Paz estão sempre ao lado dos que sofrem, dos mais
desprotegidos e vulneráveis, deixou a certeza, a todos os presentes, que
estarão sempre à disposição destes Amigos de Newark e dos seus familiares em
Penacova.
António
Simões referiu-se ainda aos fundadores destes eventos, ao primeiro Presidente da
Direção dos Bombeiros a deslocar-se à América, Alípio José Oliveira, o nosso
conhecido José Sutil, ao Rogério Ferreira, ao Genésio, ao José António Costa.
Dos primeiros, estavam na sala o Albino Santos e o Armindo, este ainda no ativo
e em plena forma nesta organização.
Por seu
lado, o Presidente da Direção da Associação, Paulo Dias, referiu que estes
eventos tinham uma importância muito grande, pelo convívio, mas também pela
garantia da angariação de verbas tão necessárias para fazer face às despesas
cada vez maiores, devido ao elevado número de solicitações a que os Bombeiros
são obrigados a acorrer. Agradeceu aos presentes e a toda a organização, e
deixou a certeza de que a Associação tem uma gestão criteriosa e equilibrada e
que todas as verbas conseguidas são gastas naquilo que é essencial para a
prestação do socorro, para o bem estar dos Bombeiros e das populações. Terminou a sua intervenção com a entrega de uma pequena recordação como testemunho da nossa presença.
A
terminar, o Presidente da Câmara Humberto Oliveira, começou por justificar a sua
ausência no primeiro convívio após ter tomado posse como Presidente da Câmara e
depois de agradecer a forma como todos foram recebidos, deixou palavras de
carinho, de incentivo e de uma enorme satisfação por estar entre amigos, e
entre gente tão generosa para com a sua terra e para com os Bombeiros. Enquanto
Presidente da Câmara e como responsável máximo pela protecção civil do município de Penacova, só posso agradecer este gesto solidário e salientar o
trabalho que aqui é feito por gente tão generosa que não se esquece das suas
origens, disse a terminar.
O Nosso Presidente teve ainda tempo para entregar à organização uma lembrança em nome do Município.
A noite
de Sábado ainda foi longa, mas os 7 dias que passámos com estes Amigos,
pareceram-nos muitos pequenos dada a dimensão da cortesia e da delicadeza como
fomos recebidos. Em cada casa onde estivemos, em cada rua onde nos encontrámos,
em cada visita que nos proporcionaram, enfim, em cada gesto, em cada abraço, em
cada olhar, na mais singela das palavras, sentimos um carinho imenso, aquele
carinho Penacovense que é privilégio das gentes de coração grande, moldado
pelas serras do Concelho, e de alma pura lavada pelos rios que o atravessam.
Uma
nota final para um conterrâneo que nos acompanhou a titulo particular, o Carlos
Mendes, o arquitecto Carlos Mendes, boa companhia, alegre e disponível,
companheiro, leal, único e divertido.
Também
o Carlos concordará que não é fácil encontrar as palavras certas para descrever
a forma como nos receberam, até mesmo o “obrigado” que sempre fica bem, nos
parece descabido dada a naturalidade com que tudo era feito.
Mesmo
assim, o Nosso simples muito obrigado.