sexta-feira, 17 de março de 2023

DA POLÉMICA DA MARINHA AO FASCÍNIO DOS HOLOFOTES



O Sr. Almirante Gouveia e Melo, não resistiu ao fascínio dos holofotes e condenou, humilhou na praça pública, perante o País e o mundo, os seus Militares e revelou a parte menos sensata de um verdadeiro líder.

Com cara de mau, foi debitando ralhetes, não tanto para os militares ouvirem, mas para mostrar que estava ali, que tinha poder e que a Marinha não voltaria a tolerar atos desta natureza, mesmo que os navios continuem avariados.
Este é um estilo de liderança que não aprecio. As reprimendas dão-se na privacidade do gabinete. Os Militares, neste caso da Marinha, são profissionais competentes, são Homens inseridos e respeitados nas suas comunidades, nas suas aldeias, têm Pais, Filhos, Amigos e não podem estar sujeitos a ralhetes públicos, como se de qualquer robot insignificante se tratasse. Se o ato praticado por eles pode afetar a imagem da Instituição, a resposta do seu Comandante também não foi a melhor.O Sr. Almirante é o Comandante dos Comandantes e tem por isso uma boa parte da responsabilidade. Ao ter um navio com um motor avariado, um gerador inoperacional e mais um sem fim de avarias, um bocadinho menos de arrogância não lhe ficaria mal.
O Sr. Almirante vai continuar a ser o Comandante dos Comandantes, mas acho que nunca mais vai ser um Comandante desejado e genuinamente respeitado pelos “seus” Homens.

O fascínio dos holofotes tem destas coisas.

Crédito de imagem

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

AMOR, UNIÃO, PARTILHA



O "Coletivo Tanto-Mar" é um grupo de músicos Portugueses e Brasileiros, residentes em Coimbra, que fizeram da diferença um projeto de convívio, fraternidade, união e porque não de amor. 
Como seria bom se todos os povos fossem "Coletivo Tanto-Mar" 
Ao ouvi-los e ao ver a sua alegria e o seu exemplo de partilha e de união de culturas, não consegui deixar de pensar no sofrimento motivado pela hipocrisia que grassa por aí, em discursos, atitudes e contradições sistemáticas. 
Pelo mundo, os responsáveis que enviam equipas humanitárias para salvar crianças nos escombros do sismo na Síria, são os mesmos que matam crianças nos escombros da guerra, ou que deixam morrer à fome milhares e milhares de crianças, em países tão pobres do continente Africano. 
Mas também por cá, os que mandam e aumentam desmedidamente os preços dos combustíveis, são os mesmos que permitem os maiores lucros de sempre das empresas petrolíferas. 
São os mesmos que fecham os olhos ao aumento descarado das prestações dos créditos para habitação e não se importam com os lucros de milhões obtidos pelas instituições bancárias, sempre e sempre penalizando, ignorando e mesmo humilhando os mais pobres e desprotegidos. 
Também por cá, os que se indignam e irritam, quando se fala na necessidade de uma política de imigração, séria, humanista e integradora são exatamente os mesmos que permitem, que centenas ou milhares de imigrantes vivam em condições degradantes, paredes meias com os seus ministérios. 

Teríamos mesmo um mundo melhor se todos fossemos um bocadinho mais "Coletivo Tanto-Mar"