terça-feira, 15 de setembro de 2015

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

A convite do Deputado do PS Miguel Freitas, tive o privilégio de participar na sessão de apresentação do livro "Análise da Problemática dos Incêndios Florestais" Relatório do Grupo de Trabalho da Assembleia da República, no qual participou também o ilustre Deputado Penacovense Maurício Marques.
Gostei de ouvir os Senhores Deputados e gostei do pensamento político de Miguel Freitas, sobretudo no que diz respeito à necessidade de uma gestão eficaz da nossa floresta. Mostrou competência e conhecimento da realidade.
Na sessão tive oportunidade de referir não apenas os paradoxos de que enferma a gestão da nossa floresta, no que aos incêndios florestais diz respeito, mas também o grave problema da gestão integrada do nosso País com a permanente e contínua desertificação dos territórios do interior.
A ausência de pessoas e a fraca valorização dos produtos florestais têm levado ao abandono sistemático da floresta com as consequências que todos sabemos.
O diagnóstico está mais do que elaborado e oxalá que este contributo dos Senhores Deputados e da Assembleia da República, não seja pouco mais do que o trabalho de gabinete, como também tive ocasião de referir.
A ausência de Miguel Freitas e do seu pensamento politico na próxima Legislatura é já por si, em minha opinião, uma perda.
Termino citando o comentário que escreveu no livro que me foi oferecido:
"Ao António Simões, pelo muito que faz por esta causa que é comum".

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A DEMAGOGIA E A POLÍTICA



Manuela Ferreira Leite foi considerada por muitos portugueses, onde me incluo, talvez a pior Ministra da Educação. Como Ministra das Finanças foi considerada como a mais defensora das medidas de austeridade e como líder do PSD, foi dos políticos mais criticados.
António Costa disse há bem pouco tempo, que se identifica com o pensamento político de Manuela Ferreira Leite e que não tinha dificuldade em incluí-la num Governo por si liderado.
Manuela Ferreira Leite vem agora participar no lançamento de um livro de um dirigente Socialista Pedro Adão e Silva, ao lado de Mário Centeno, porta-voz do PS para a área económica.
De facto, em tempo de eleições, a demagogia não tem limites e se de Manuela Ferreira Leite poderíamos esperar este tipo de atitudes, já de António Costa era de todo improvável.
Assim, resta esperar para saber qual a pasta que MFL, de 75 anos de idade, vai ocupar no futuro Governo. Será da educação, das finanças ou da economia?
Com estas posições, no mínimo incoerentes, não admira que o Partido Socialista esteja a cair nas sondagens e seja cada vez menos uma alternativa aos olhos dos Portugueses.


PS. Transcrevo um artigo que guardei, em 2009, publicado no DN de 23 de Setembro.

“A dirigente socialista Edite Estrela fez hoje um discurso de ataque à líder do PSD, acusando Manuela Ferreira Leite de ter proibido os professores de falar quando desempenhou as funções de ministra da Educação.
 Edite Estrela falava em Bragança, antes de um almoço comício dos socialistas, onde retomou um tema que já na véspera tinha sido levantado pelo presidente do PS/Viseu, José Junqueiro, mas que acabou por passar para segundo plano, porque este dirigente viseense também fez acusações polémicas ao PSD sobre o caso das escutas, que concentrou depois o debate político.
 Na sua intervenção, a eurodeputada do PS começou por negar que os portugueses tenham memória curta e referiu-se ao passado político de Manuela Ferreira Leite enquanto ministra da Educação do segundo Governo de maioria absoluta de Cavaco Silva….”
"Foi uma ministra da Educação de má memória, porque tratou mal os alunos e os professores. Nesse tempo não era dada liberdade aos professores para se manifestarem publicamente, para dizerem o que pensavam e para darem as suas opiniões", apontou Edite Estrela, que faz parte do Secretariado Nacional do PS.
Neste contexto, Edite Estrela foi mesmo mais longe e responsabilizou a actual presidente do PSD de ter "proibido os professores de falarem com a comunicação social".
"Aí sim é que havia asfixia democrática", sustentou, antes de também criticar a acção de Manuela Ferreira Leite enquanto ministra das Finanças do Governo de coligação PSD/CDS, liderado por Durão Barroso.
"Ela hipotecou o futuro dos portugueses quando usou malabarismos e vendeu ao Citibank os títulos de dívida da segurança social que ainda estamos a pagar. Não queremos uma pessoa dessas à frente do país", disse.