terça-feira, 7 de agosto de 2012

CHELO - INCÊNDIO FLORESTAL

Proprietários de algumas casas da localidade de Chelo não ganharam para o susto, tal foi a rapidez de propagação das chamas, provenientes do incêndio que ontem, ao início da tarde, deflagrou um pouco acima do restaurante o Cortiço.
Os Nossos Bombeiros rapidamente acorreram ao local com 6 veículos e 24 elementos e, conhecendo bem o local e os perigos que envolve, solicitaram apoio aos vizinhos de Poiares, Coimbra e Brasfemes.
Felizmente, também com o apoio da população, o fogo foi dado como extinto, pouco depois, sem se terem registado danos graves, para além dos cerca de 5.000 metros quadrados de área ardida de mato e eucaliptos.
Este incêndio mostra bem as fragilidades desta aldeia, envolvida em floresta, com os eucaliptos a espreitarem pelas janelas das habitações como se fizessem parte da família, dando a falsa ideia de árvore protetora. Chega a ser assustador ver vivendas tão bonitas, que certamente custaram uma vida de trabalho, ali tão perto e à mercê das chamas, com tudo tão seco à sua volta, os pátios cheios de lenha seca, botijas de gás sem proteção, etc. etc.
Era a altura certa para se fazer alguma limpeza, cortar e retirar as árvores mais próximas, manter faixas de proteção. Bem sabemos que muitas vezes os eucaliptos não são dos donos das casas, mas a esses, aos proprietários das matas, a questão que lhes podemos colocar é se gostariam de ter também a sua casa nas mesmas condições. Se porventura acontecer um mal maior e a casa dos seus vizinhos arder, será que não ficam pelo menos com peso na consciência? Será que alguma “birra” de aldeia, ou mesmo uns parcos tostões do valor de um eucalipto valem a vida de alguém ou a destruição de haveres e bens pessoais importantes?

Em Chelo, como noutras aldeias, valia a pena pensarmos um bocadinho, olharmos à nossa volta, concentrarmo-nos por momentos no ambiente que nos rodeia e fazer um pequeno exercício de reflexão para ver onde podemos ainda melhorar alguma coisa.