Também nesta semana, mais seis
Bombeiros, concluíram a sua formação e credenciação para utilização do
desfibrilhador automático externo (DAE).
Uma das ambulâncias existentes no Corpo de Bombeiros,
com protocolo com o INEM, está equipada com Desfibrilhador Automático Externo e
os Bombeiros têm vindo a adquirir formação/credenciação para o puder utilizar.
O DAE serve para aplicar uma descarga eléctrica através do tórax,
de forma a cessar uma fibrilhação ventricular, um dos motivos de paragem
cardio-respiratoria (PCR) e consequente morte súbita.
Registe-se, que a paragem cardio-respiratoria (PCR) de origem
cardíaca é a principal causa de morte nos países desenvolvidos, acontecendo
quase sempre fora do meio hospitalar. Em Portugal ocorrem cerca de 10.000 casos
todos os anos e no nosso concelho os serviços de emergência pré-hospitalar
efectuados pelos Nossos Bombeiros são cada vez em maior número.
A taxa de sobrevivência de uma vítima de Paragem
cardio-respiratoria situa-se actualmente em valores inferiores a 5%, no
entanto, a desfibrilhação precoce e o início de manobras de suporte básico de
vida (SBV) podem aumentar significativamente a taxa de sobrevivência para
valores superiores a 60%.
Numa situação de Paragem Cardio-Respiratória a probabilidade
de sobrevivência diminui 10% por cada minuto que passa sem início de
desfibrilhação e manobras de SBV, passados mais de 10 minutos a probabilidade
de sobrevivência é quase nula.
A sobrevivência de uma vítima de Paragem Cardio-Respiratória
poderá depender exclusivamente da existência de um Desfibrilhador Automatico
Externo (DAE) nas imediações, mas a presença de pessoas com conhecimento de Suporte
Básico de Vida (SBV) assume uma importância vital, uma vez que é pouco provável
que o socorro diferenciado (INEM, Bombeiros) consiga chegar ao local em tempo
útil.