Os Bombeiros estão mais uma vez de luto. Num curto espaço de tempo foram três os " Soldados da Paz" que pereceram na sequência dos incêndios florestais, que não têm dado tréguas aos Bombeiros Portugueses.
Este ano, as condições metereológicas estão particularmente favoráveis à eclosão dos incêndios, e o combustível acumulado nas florestas, o mato, as silvas, os terrenos agora incultos, as bermas e as valetas das estradas que agora ninguém limpa, estão mais sensíveis a uma progressão muito mas rápida dos incêndios.
Basta olharmos à nossa volta, perdermos apenas um bocadito do nosso tempo a observar o que temos nas nossas aldeias, nas nossas estradas, o estado das valetas e tudo o que rodeia as nossas casas, para verificarmos que depois de começar um incêndio ele é sempre muito dificil de apagar.
Os dias e dias que os Bombeiros levam de trabalho no combate a este flagelo, trabalho que têm que conciliar com as sua profissões, ou dias de descanso que tiram às suas férias para se dedicarem a estas tarefas, levam muitas vezes ao cansaço extremo com consequências muito graves.
Os factos ocorridos, são de profunda tristeza para todos nós, mas devem servir também para momentos de reflexão, sobre os muitos cuidados a ter na abordagem ao problema dos incêndios florestais.
O lema dos Bombeiros, "Vida por Vida", poder-se-á aplicar no limite para salvar vidas humanas, mas nunca em troca de qualquer pinheiro ou eucalipto e, muito menos, para fazer diminuir, a qualquer preço, as estatísticas de área ardida que tanto dão que falar.
