Depois de dias particularmente difíceis, com os incêndios
a não dar tréguas um pouco por todo o distrito, os nossos Bombeiros podem finalmente
ter umas horas de descanso, com a diminuição das temperaturas.
Foram muitos quilómetros percorridos, uma despesa
imensa e um sacrifício muito grande para muitos Bombeiros, que depois ainda têm
que trabalhar no seu próprio emprego. De facto não parámos, em Coja, em Tábua,
Carregal do Sal, em Nelas, em Coimbra, Miranda do Corvo, Arganil, foram muitas
horas numa luta constante, que, apesar da boa vontade, começa a provocar algum
cansaço nas Mulheres e Homens e algum desgaste nas viaturas.
E começam também a fugir as palavras para descrever os
cenários vividos, a dimensão da tragédia, as angústias que nos sufocam e e os
momentos de aflição não apenas para os Bombeiros, mas sobretudo para a população,
indefesa quantas vezes, e impotente quase sempre perante tamanha ameaça.
Com tão elevado número de incêndios e com o estado em
que se encontra a nossa floresta, precisamos de reflectir, mas precisamos acima
de tudo de reagir, para que algum dia as nossas aldeias possam recuperar a possibilidade
de viver um Verão sem sobressaltos.
