terça-feira, 4 de março de 2014

UCRÂNIA...AQUI TÃO PERTO...E AUSÊNCIA DE LIDERANÇAS

Quando parecia que o mundo finalmente estava a camimho da verdadeira civilização, proliferam as guerras e parece mesmo, que nunca como agora, surgiram tantas, tao desumanas e em locais tão diversos.
Depois da desintegração da Jugoslávia em 1992, que deu origem ao maior conflito étnico-religioso desta região, com mais de 250 mil mortos, à invasão do Iraque em 2003, exatamente pelos Estados Unidos, que até então tinham sido o principal fornecedor de armas ao regime Iraquiano, passando pelas guerras de “libertação” de alguns países do norte de África, tavez não seja assim tão estranho o aparecimento destes novos focos de conflito, sobretudo na Siria, governada em estado de emergência pela mesma familia desde 1962, e agora na Ucrânia, com todas as consequências ainda completamente imprevisiveis.
O problema é que não estamos agora a falar de dois países pequenos, pobres ou periféricos. A Síria ocupa uma extensa área de 185.000 Km2, e uma posição geoestratégica relevante no mar Mediterrânico, com fronteiras de gestão complexa com países como Líbano, Israel, Jordânia, Iraque ou Turquia.
A Ucrânia é apenas o maior país da Europa, com uma área semelhante à de Portugal e Espanha juntos e tem o maior exército, desta mesma Europa, logo a seguir ao da Rússia. A Ucrânia que era, até há bem pouco tempo, conhecida entre nós pelos muitos emigrantes que trabalham em Portugal, é rotulada como o “celeiro” da europa e em 2012 foi o 3.º exportador do mundo de grãos de cereias.
Não estamos por isso perante conflitos menores.  Mas o que mais me assusta e certamente  à maioria dos cidadãos é, por um  lado, a existência de lideres  capazes de lhes dar inicio e de os alimentar apenas para satisfazer os seus próprios interessses de obsessão pelo poder , por outro, a falta de lideranças fortes, credíveis e capazes de lhes pôr fim.
Sobretudo esta última é muito preocupante em pleno Século XXI.