Quando parecia
que o mundo finalmente estava a camimho da verdadeira civilização, proliferam
as guerras e parece mesmo, que nunca como agora, surgiram tantas, tao desumanas
e em locais tão diversos.
Depois da
desintegração da Jugoslávia em 1992, que deu origem ao maior conflito étnico-religioso
desta região, com mais de 250 mil mortos, à invasão do Iraque em 2003, exatamente
pelos Estados Unidos, que até então tinham sido o principal fornecedor de armas
ao regime Iraquiano, passando pelas guerras de “libertação” de alguns países do
norte de África, tavez não seja assim tão estranho o aparecimento destes novos
focos de conflito, sobretudo na Siria, governada em estado de emergência pela
mesma familia desde 1962, e agora na Ucrânia, com todas as consequências ainda
completamente imprevisiveis.
O problema é
que não estamos agora a falar de dois países pequenos, pobres ou periféricos. A
Síria ocupa uma extensa área de 185.000 Km2, e uma posição geoestratégica
relevante no mar Mediterrânico, com fronteiras de gestão complexa com países
como Líbano, Israel, Jordânia, Iraque ou Turquia.
A Ucrânia é
apenas o maior país da Europa, com uma área semelhante à de Portugal e Espanha
juntos e tem o maior exército, desta mesma Europa, logo a seguir ao da Rússia. A
Ucrânia que era, até há bem pouco tempo, conhecida entre nós pelos muitos
emigrantes que trabalham em Portugal, é rotulada como o “celeiro” da europa e
em 2012 foi o 3.º exportador do mundo de grãos de cereias.
Não estamos
por isso perante conflitos menores. Mas o
que mais me assusta e certamente à
maioria dos cidadãos é, por um lado, a
existência de lideres capazes de lhes
dar inicio e de os alimentar apenas para satisfazer os seus próprios
interessses de obsessão pelo poder , por outro, a falta de lideranças fortes,
credíveis e capazes de lhes pôr fim.
Sobretudo
esta última é muito preocupante em pleno Século XXI.