quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O IP3 E O FANTASMA DA NOVA AUTOESTRADA



De acordo com o último ranking apurado das 750 maiores empresas do distrito de Coimbra, (dados recolhidos pela empresa "Informa D&B", referentes ao exercício de 2012), o Concelho de Penacova aparece referenciado com 17 empresas.
Não sendo nada de extraordinário e mesmo reportando este estudo ao balanço e demostração dos resultados referentes ao exercício de 2012, é importante sublinhar a capacidade e a preseverança destes empresários, que, com outros de menor dimensão, dão vida a este nosso concelho, que nunca teve uma verdadeira estratégia empresarial.
É igualmente importante sublinhar, apesar de tudo, o esforço do Municipio na construção do Parque Empresarial da Alagoa, aproveitando este eixo estratégico do IP3.
Não tenho dúvidas,  que estas empresas de sucesso têm o seu expoente máximo na capacidade empreendedora dos seus acionistas, nos seus recursos humanos, mas também é importante referir que as acessibilidades rodoviárias contribuem, como aliás, em qualquer outro lado, para a afirmação plena do seu potencial.
Estou convencido, por isso, que a construção de uma nova autoestrada de ligação Coimbra-Viseu, que transforme o IP3 em estrada secundária, não beneficia em nada as empresas e os empresários e julgo mesmo, que Penacova nem deveria querer ouvir falar desta solução, muito menos considerá-la como prioridade de investimento para os próximos tempos.
O IP3 e o IC6, estão hoje entre as estradas mais movimentadas do nosso País e conferem a Penacova uma centralidade ímpar no traçado rodoviário importantissimo, Coimbra-Viseu-interior norte e a ligação privilegiada à A25, como porta de acesso a Espanha e à Europa, ao interior e ao litoral.

Desperdiçar este capital estratégico é um erro que se pagará muito caro, um dia, se o IP3 for pouco mais do que uma estrada de acesso local.