Contrariamente àquilo que se esperava, a falta de coerência politica tem acompanhado o
Secretário Geral do PS, António Costa. Foi esta ausência de um pensamento
lógico, o dizer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário, que ditou a sua
derrota nas eleições do passado domingo.
Uma
semana depois, António Costa continua exatamente na mesma. Chega a ser
confrangedor, e nem mesmo o taticismo político, que sabemos estar sempre
presente em qualquer negociação, explica tanta hesitação.
Num
momento em que o País precisa, de Homens de coragem, de entendimentos e de um governo com o mínimo de estabilidade,
seja ele qual for, como é possível um político tão experiente, deixar-se
enredar nesta teia demagógica de querer agradar a gregos e a troianos, como se a
defesa de valores, programas e princípios seja pouco mais do que uma brincadeira
do gato e do rato.
Como
cidadão, olho hoje para António Costa e não consigo ver um rumo, um pensamento
politico, uma coerência de princípios.
Parece
que para António Costa, pouco importam a coerência, a ideologia, e pelos vistos
pouco importam os princípios programáticos do seu partido.
Para
o líder do PS, tanto faz viabilizar um programa do CDS, como formar Governo com
o Bloco de Esquerda, como se ambos fossem iguais e defendessem exatamente a
mesma coisa.
A falta de coerência politica um dia paga-se cara.