sábado, 2 de maio de 2009

MAIS VALE PREVENIR....

Tal como há poucos anos, com a gripe aviária, estamos hoje perante um novo problema à escala mundial, que começou com a designação de gripe “suína”, depois gripe “Mexicana” e, em poucos dias, já vai em gripe “A”.
No caso da gripe aviária, provocada por um vírus H5N1 (sigla que identifica os dois principais antigénios do vírus e que definem se temos ou não imunidade contra ele) houve, de facto, infecção de algumas centenas de pessoas, no entanto, o vírus não era transmissível entre humanos. Agora é diferente.
De acordo com os especialistas, de suína esta gripe só tem mesmo a origem. Na verdade o vírus desta nova gripe o H1N1, o mesmo que causou a terrível pandemia espanhola de 1918, que matou mais gente na Europa do que a Guerra Mundial que tinha terminado pouco antes, é bem humano, e tem uma capacidade de transmissão homem a homem.
Sabe-se hoje, no momento em que escrevo, que os dados oficiais Mexicanos revelam cerca de 1300 infectados, com uma taxa de letalidade já considerável de mais de 100 mortes. Há casos em diversos países do globo e, a avaliar pelas notícias, certamente irão aumentar. O facto do vírus ter tido origem, não em qualquer zona rural da Ásia, mas sim numa área metropolitana de mais de 20 milhões de pessoas, com uma facilidade incrível de transmissão por via respiratória, e a rapidez com que hoje se viaja de avião para qualquer parte do mundo, é um factor de preocupação acrescida e coloca-nos perante uma situação preocupante.
Apesar disso, não podemos ser alarmistas, até porque hoje existem mecanismos de prevenção que vão sendo adaptados às circunstâncias, e a informação e o conhecimento circulam hoje, apesar de tudo, bem mais depressa do que o vírus. Mas, também não devemos deixar de falar e, sobretudo, de reflectir sobre as questões que directa ou indirectamente nos poderão afectar.
Não sendo especialista na matéria, tenho, como responsável por um Corpo de Bombeiros, a obrigação de estar devidamente informado. Os Bombeiros têm como uma das grandes responsabilidades, a emergência pré-hospitalar no Nosso concelho e, como é natural, deparam-se a todo o momento com situações que configuram os sintomas de gripe. É muito comum transportarmos pessoas, em situação de emergência, que apresentam como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, vómitos e diarreia. Estes são os sinais de qualquer gripe convencional, mas são também os sintomas desta nova doença, tenha ela o nome se “suína”, “mexicana”, “A” ou outro qualquer.
O que precisamos agora é de estar mais alertados, e tomar as medidas de precaução adequadas. Pela nossa parte, estamos sensibilizados para o problema e preparados com Kits de protecção individual, que usaremos se as circunstâncias assim o aconselharem.
O que se espera dos cidadãos em geral, é uma informação atempada, correcta e verdadeira sempre que, com os sintomas de gripe, recorram aos serviços de emergência dos Bombeiros.