quarta-feira, 5 de outubro de 2011

INCÊNDIOS FLORESTAIS NÃO DÃO TRÉGUAS

Dois incêndios, em simultâneo e em locais bem diferentes, provocaram a dispersão de meios e poderiam ter originado uma tragédia não fosse a bravura dos cerca de 100 Bombeiros, que foram mobilizados.
Pouco passava da 1h.00 da madrugada, quando o primeiro alerta dava conta de um incêndio, na berma da estrada n.º 110, entre as localidades de Rebordosa e Caneiro, poucos minutos depois um novo alarme desta vez para a zona da Raiva, local onde se têm verificado várias ocorrências todas elas praticamente à mesma hora.
Este último foi extinto pouco depois, no entanto, o outro, rapidamente tomou proporções e progrediu encosta acima, em direcção a S. Mamede. Sem acessos, com uma floresta muita densa e com um inclinação extremamente acentuada, só o espírito de sacrifício dos Bombeiros, diria mesmo só a heroicidade destas Mulheres e destes Homens evitou que o fogo atingisse a aldeia de S. Mamede. Aliás, isto mesmo foi reconhecido pelos muitos habitantes que se mantiveram acordados durante a noite e não faltaram com o cafezinho logo pela manhã.
Face às circunstâncias tão severas e ao grau de dificuldade do teatro de operações, nesta encosta tão inclinada e tão difícil, da margem direita do Mondego, não posso deixar de dar um público louvor a todos os Bombeiros envolvidos, de Penacova, mas sobretudo daqueles que nos quiseram ajudar, de Brasfemes, de Coimbra, sapadores e voluntários, de Condeixa, de Lousã, de Miranda do Corvo, de Penela, de Serpins, de Soure e de VN de Poiares.
De referir também que, com o rio tão perto, o hélio pesado estacionado em St.ª Comba Dão, deu uma preciosa ajuda logo pela manhã.
Durante toda esta noite os Bombeiros de Penacova ficaram em vigilância, para evitar qualquer reactivação.