Depois da noite passada em Gavinhos, para onde os
Nossos Bombeiros foram chamados cerca das 2h.00 da madrugada, esta tarde os
habitantes de S. Mamede voltaram a ver o fogo bem perto das suas casas.
Passaram oito dias e foi mais uma vez à mesma hora e
no mesmo local. Ali mesmo, bem próximo das habitações, mas numa zona de denso
eucaliptal, onde a floresta e o edificado se confundem, numa partilha “perfeita”
de espaços comuns, dando corpo a um ambiente quase assustador.
Olhamos para este cenário, falamos com as pessoas, partilhamos os mesmos sentimentos e angústias. Sabemos
como ninguém a aflição de ter o fogo por
perto, mas pouco mais podemos fazer do que alertar, aconselhar, recomendar e
tentar despertar as consciências de quem lá vive, de quem lá dorme, de quem trabalha,
com tanto sacrificio, para construir e pagar uma casa e se vê cercado não apenas
de mato e eucalitpos, mas também de mãos hábeis capazes de gestos tão
irrefletidos, que levados à sua mais alta dimensão podem destruir em pouco
tempo o que levou anos a edificar e a crescer.
Os Bombeiros têm chegado a tempo e em número
suficiente para evitar tragédias, mas isto, sendo muito importante, não pode,
de forma alguma, levar as pessoas a estar menos atentas.
Esperamos, para bem de todos, ter sempre a mesma
disponibilidade.