segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DISCURSO NA SESSÃO DE ABERTURA DO 42.º CONGRESSO NACIONAL DA LBP


Ex.mo Sr. Secretário de Estado da Administração Interna
Ex.mo Sr Presidente da Mesa dos Congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses
Ex.mo Sr. Presidente da CM de Coimbra e também Presidente da ANMP
Ex.mo sr. Presidente do CE da LBP
Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Fiscal da LBP
Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Jurisdicional
Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Consultivo
Ex.mo Sr. Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil
Ex.mo Sr. Presidente da Escola Nacional de Bombeiros
Ex.mo Sr. Diretor Nacional
Ex.ma Sr.ª Vice Reitora da Universidade de Coimbra, em representação do Magnifico Reitor
Ex.mo Sr. Comandante do Agrupamento Centro Norte, em Representação do Sr. Comandante Operacional Nacional da ANPC
Ex.mos Senhores Presidentes de Camara Municipais aqui presentes
Ex.mo Sr. Representante da Junta de Freguesia de S.tº António dos Olivais
Ex.mo Sr. Presidente da Administração Regional de Saúde do Centro
Ex.mo Sr. Presidente do Turismo do Centro
Ex.mo Sr. Comandante Operacional Distrital
Ex.mo Sr. Comandante do Comando Territorial de Coimbra da GNR
Ex.mo Sr. SuperIntendente Comandante do Comando Distrital da PSP
Ex.mo Sr. Diretor da Diretoria do Centro da Policia Judiciária
Ex.mo Sr. Vice Presidente da Associação Espanhola de Lucha
Ex.mos Srs. Presidentes das diversas Federações Distritais de Bombeiros aqui presentes.
Ex.mos Srs. Presidentes e demais diretores dos Orgãos de Gestão das Associações Humanitárias de Bombeiros, Senhoras e Senhores Comandantes e demais elementos de comando, permitam-me que refira em particular os do meu distrito que partilharam comigo os momentos e foram muitos que antecederam este Congresso,
Fénixes e Crachás de Ouro,
Senhoras e senhores Convidados
Senhoras e senhores Congressistas
Ex.mo Senhor Padre José Manuel da Silva, Capelão Nacional dos Bombeiros Portugueses.
Minhas senhoras e meus senhores
Senhoras e senhores jornalistas
 
É nesta cidade moderna, mas também com uma singularidade ímpar relativamente ao seu passado, que tem lugar o 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses.
É, sem dúvida, um acontecimento com muito significado que constitui para todos nós uma tarefa aliciante, mas é, acima de tudo, uma honra muito grande para as Associações e Corpos de Bombeiros do distrito, para os seus dirigentes e responsáveis operacionais e para todos aqueles, que, neste espaço geográfico, envergam com orgulho a farda de Soldados da Paz. É em seu nome, que transmito as nossas mais calorosas e cordiais saudações a todos os participantes, aos nossos convidados às Senhoras e Senhores congressistas e desta tribuna saúdo, desde Coimbra, os Bombeiros Portugueses em geral que a esta hora estão envolvidos em tantos e tantos incidentes, a maior parte de uma forma perfeitamente voluntária e altruísta. É também desta tribuna, que me curvo respeitosamente perante todos aqueles que já não estão entre nós e que fazendo Jus ao lema Vida por Vida a perderam ao serviço do bem comum.
Que o seu sacrificio seja sempre reconhecido como um ato de coragem, de abnegação e de amor ao próximo, mas que seja também uma esperança permanente, uma luz muito forte e uma vontade inabalável de vencer todos os obstáculos, sem colocar em causa o nosso valor mais precisoso. A vida de cada um de nós.
Dignissimas Autoridades Senhoras e senhores congressistas, este não é um Congresso qualquer, estamos convictos que ele fará história, fará história, sobretudo pelas importantes decisões que vierem a ser tomadas, mas fará história também porque é até agora, e certamente será por muito tempo, o Congresso mais participado de sempre.
A todos os que nos honram com a sua presença, a sua participação, as suas comunicações e reflexões, mas também as simples vivências e experiências de uma luta partilhada em comum, uma vez mais o nosso sincero agradecimento.
Permitam-me uma palavra de particular reconhecimento a todos quantos nos ajudaram e repartiram connosco esta responsabilidade. Não podendo particularizá-los, deposito nas mãos do Dr. Manuel Machado, Presidente da CM de Coimbra, esta palavra Amiga de gratidão dos Bombeiros deste distrito e dos Bombeiros do País.
Dignissimas Autoridades, Senhoras e Senhores Congressistas, não, não  somos nós, apenas os que estamos aqui dentro, que estaremos atentos e com os olhos postos neste pavilhão.
Porventura com uma atenção redobrada, estão todos aqueles que são, isso sim, os verdadeiros protagonistas desta nossa história contemporânea e que se afirmam, hoje e sempre, como exemplos na luta pelos valores da solidariedade e do humanismo, interpretando todos os dias uma atividade tão multifacetada de emancipação social e humana, mas também e tantas vezes de risco tão elevado.
É a esta riqueza e profundidade do seu trabalho, a esta intensa atividade civica sem paralelo no domínio da intervenção na emergência e da ação permanente de solidariedade social,  que este Congresso ,que agora se inicia ,não deixará de dar um particular relevo, colocando o interesse coletivo dos Bombeiros e da sociedade acima de qualquer ambição pessoal.
Sr. Secretário de Estado, Senhoras e senhores convidados, caros Congressistas, fizemos nos últimos anos grandes progressos em diversos dominios, na formação, na segurança individual, na modernização sem paralelo do nosso parque automóvel e no equipamento de proteção e socorro, na modernização da capacidade administrativa, no apoio social e até no reconhecimento da nossa competência individual e coletiva.
Mesmo em tempos de crise não perdemos nada do essencial, antes pelo contrário fomos tendo paulatinamente ganhos significativos, que foram apesar de tudo o suporte para o aumento também significativo do número de serviços prestados.
É preciso não esquecer, ou melhor é preciso relembrar, de quando em vez, que o aumento das fragilidades sociais, o encerramento de centros de saúde e as vulnerabilidades individuais de uma população cada vez mais velha, potenciaram o trabalho das Associações, que passaram também a ser cada vez mais humanitárias.
Apesar disso, e de todos estes progressos, ou talvez por isso, precisamos continuar. Regredir agora seria o pior que nos podia acontecer. Andar para trás seria penalizar ainda mais, não apenas os Autarcas e dirigentes Associativos, mas também uma boa parte da sociedade portuguesa que todos os dias nos bate à porta. É por isso importante que deste Congresso saiam linhas gerais de financiamento da Instituição Bombeiros, sejam eles Voluntários ou Municipais. As Associações e os Municipios precisam, de uma vez por todas, de saber em cada momento com o que podem contar para fazer face às exigências crescentes em matéria de proteção civil e das tarefas que nos são confiadas.
Precisamos discutir e aprofundar o nosso papel na sociedade e reganhar a nossa identidade no Comando das operações cometidas a Bombeiros.
 
Caros Congressistas Caros Companheiros, estou certo que em Coimbra, cidade do conhecimento, cidade dos estudantes, Coimbra dos doutores, Coimbra que é uma lição...dos nossos sonhos e amores, Coimbra que inspirou e inspira artistas, poetas e trovadores, nesta cidade e neste Congresso, havemos de ter em cada momento, também todos nós, a inspiração necessária que fortaleça a nossa identidade e nos dê competência, capacidade e energia, não só para interpretar este nosso mundo, mas, sobretudo, para assumir o compromisso de o transformar.
Tal como as Cortes Reais, que reuniram em Coimbra em 1385, tiveram uma importância capital na nossa história, estamos convictos que este 42.º Congresso marcará de forma indelével, não apenas o futuro dos Bombeiros Portugueses, mas também do sistema de proteção e socorro, que há-de continuar a garantir, com carinho pelas nossas terras e amor pelas nossas gentes, a segurança individual e coletiva dos nossos concidadãos.
Foi talvez este amor pelas suas gentes e o espirito humanista que inspirou Camões, numa das estrofes mais bonitas do canto III dos Lusíadas:
"As filhas do Mondego, a morte escura
Longo tempo chorando memoraram
E por memória eterna em fonte pura
As Lágrimas choradas transformaram
O nome lhe puseram que ainda dura
Dos amores de Inês que ali passaram
Vede que fresca fonte rega as flores
Que as Lágrimas são água e o nome amores"
 
Desejo que as superiores decisões deste Congresso sejam tão frescas e cristalinas como fresca é a fonte que rega as flores.
Que as lágrimas.. Essas,.... são água e o nome amores.
 
 
António Simões
Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra