terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CANTAR DOS REIS - FREGUESIA DE SAZES MOBILIZA-SE PARA APOIO AOS BOMBEIROS

Um grupo de cidadãos da Freguesia de Sazes, apoiados pela respectiva Junta de Freguesia, mobilizou-se, de forma espontânea, para cumprir a tradição ancestral de “O Cantar dos Reis” nas localidades da freguesia, mas desta vez em favor da Associação dos Bombeiros Voluntários do seu concelho.
A concentração das pessoas interessadas em colaborar nesta iniciativa, tem lugar no próximo dia 6, Quinta-feira, no largo da Junta de Freguesia em Sazes, partindo daí para a visita às diversas aldeias.
O “Cantar dos Reis”é um hábito muito antigo, que começa a cair em desuso, e que consistia no entoar de canções tradicionais e quadras alusivas à vida de Jesus. Este costume realiza-se normalmente entre os dias 5 e 20 de Janeiro e, para além do convívio entre as famílias e o visitar das casas das aldeias, tem implícita a recolha de ofertas.
É bom recordar que antigamente, e ainda hoje em algumas das nossas aldeias, estas oferendas não eram apenas monetárias, e, em época de matança do porco, oferecer fumeiro era um acto normal e quase obrigatório.
O Cantar os Reis, evocando a adoração ao Menino Jesus, é uma tradição que a Freguesia de Sazes quer continuar a manter, como se pode ver através deste exemplo de generosidade e de altruísmo, que os Bombeiros registam e agradecem.
Num ano particularmente difícil, tudo o que for angariado será para adquirir fardamento e equipamento operacional para servir os Bombeiros e os cidadãos.
Recorde-se, que no ano de 2010, os Bombeiros tiveram talvez o ano com o maior número de serviços da história da Associação. Batemos todos os recordes, tivemos o maior incêndio florestal dos últimos 15 anos, o maior número de emergências, por exemplo, no passado mês de Outubro, atingimos o número máximo de emergências num só mês, (165), o que dá uma média de mais de 5 doenças súbitas por dia e, para termos uma ideia, apenas no último dia de 2010 socorremos 11 pessoas em situação de emergência pré-hospitalar.
O número de acidentes aumentou, e o número de transportes de doentes ultrapassou os sete mil.
Estes números, como facilmente se percebe, têm uma componente logística e uma estrutura organizacional que, embora assente numa lógica de voluntariado, e só assim é sustentável, tem, apesar disso, uma grande despesa de funcionamento.
Todas estas iniciativas são bem vindas, tanto mais que elas nascem de movimentos espontâneos, de cidadãos anónimos, que sabem reconhecer o papel das Instituições e das Mulheres e Homens que nelas servem.